Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência no(s) estado(s) da ESPÍRITO SANTO, no(s) município(s) de Santa Teresa (Vervloet 2065); MINAS GERAIS, no(s) município(s) de Conceição do Mato Dentro (Mota 1948); RIO DE JANEIRO, no(s) município(s) de Nova Friburgo (Martinelli 12915), Petrópolis (Glaziou 8087), Teresópolis (Wesenberg 534); SÃO PAULO, no(s) município(s) de São Luiz do Paraitinga (Padgurschi 937). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no estado do Espírito Santo e São Paulo.
Árvore com 10 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) e Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos associadas a Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta distribuição relativamente ampla, EOO=23759 km² e registros efetuados dentro de Unidades de Conservação de proteção integral. Entretanto, sabe-se que restam apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original da Mata Atlântica, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). A porcentagem de Mata Atlântica original nos estados de ocorrência é de 10,5% no Espírito Santo, 10,5% em Minas Gerais, 18,7% no Rio de Janeiro e 13,7% em São Paulo (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). Mesmo apresentando distribuição ampla e proteção legal em Unidades de Conservação, diante desse cenário, T. parvulum foi considerada Quase Ameaçada (NT) de extinção neste momento, uma vez que extinções locais ocasionadas a partir das ameaças descritas podem levar a declínio contínuo em EOO, AOO, qualidade e extensão do habitat, número de situações de ameaça e potencialmente, no número de indivíduos maduros, que podem levar a espécie a uma categoria de ameaça no futuro próximo. Recomendam-se ações de pesquisa (distribuição, números e tendências populacionais) e conservação (Plano de Ação) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, uma vez que a persistência dos vetores de pressão descritos podem ampliar seu risco de extinção no futuro.
Descrita em: Flora Brasiliensis 11(2): 513. 1874. (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas pequenas (4-6,5 cm compr.), oblongas a eliptico-lanceoladas, com as margens acentuadamente denteadas, ápice acuminado a caudado, com um par de glândulas aciculadas na base e o pecíolo filiforme (Secco, 2003).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present | national | very high |
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.2 Commercial & industrial areas | habitat | past,present | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present | national | very high |
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). A porcentagem de Mata Atlântica original nos estados de ocorrência é de 10,5% no Espírito Santo, 10,5% em Minas Gerais, 18,7% no Rio de Janeiro e 13,7% em São Paulo (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | regional | high |
A perda e fragmentação de habitat no domínio da Mata Atlântica está aumentando rapidamente (Galindo-Leal et al., 2003, Tabarelli, Silva e Gascon, 2004). Afloramentos graníticos também estão sofrendo um conjunto particular de ameaças, incluindo exploração de pedreiras, mineração e invasões biológicas (Porembski, 2000, Forzza et al., 2003, Martinelli, 2007), que reforçam a necessidade de proteção dos inselbergs e de sua extraordinária biodiversidade, especialmente como resultado dos altos níveis de endemismo. Martinelli (2007) alertou para a necessidade de ações urgentes de conservação e propôs a inclusão dos afloramentos rochosos na agenda brasileira de conservação da diversidade biológica (L.F.A. de Paula et al., 2016). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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2.3.2 Competition | 8.1.1 Unspecified species | habitat | past,present,future | regional | high |
A perda e fragmentação de habitat no domínio da Mata Atlântica está aumentando rapidamente (Galindo-Leal et al., 2003, Tabarelli, Silva e Gascon, 2004). Afloramentos graníticos também estão sofrendo um conjunto particular de ameaças, incluindo exploração de pedreiras, mineração e invasões biológicas (Porembski, 2000, Forzza et al., 2003, Martinelli, 2007), que reforçam a necessidade de proteção dos inselbergs e de sua extraordinária biodiversidade, especialmente como resultado dos altos níveis de endemismo. Martinelli (2007) alertou para a necessidade de ações urgentes de conservação e propôs a inclusão dos afloramentos rochosos na agenda brasileira de conservação da diversidade biológica (L.F.A. de Paula et al., 2016). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | habitat | past,present | national | high |
Os municípios de Bocaina de Minas (MG), Cunha (SP), Nova Friburgo (RJ), Petrópolis (RJ), Santa Teresa (ES), São Luiz do Paraitinga (SP) e Teresópolis (RJ) apresentam entre 5,3% e 83,7% de seus territórios convertidos em pastagem (Meier et al., 2006; Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Parque Estadual Da Serra Do Mar (PI), Parque Nacional Da Serra Dos Orgãos (PI), Reserva Biológica Augusto Ruschi (PI), Parque Natural Municipal Do Tabuleiro (PI), Área De Proteção Ambiental De Petrópolis (US), Apa Da Pedra Branca (US), Área De Proteção Ambiental Serra Da Mantiqueira (US). |
Ação | Situação |
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5 Law & policy | needed |
Os “inselbergs” ou formações rochosas do Leste Brasileiro têm estreitas relações com um tipo de vegetação conhecido como "campo rupestre" (Alves e Kolbeck, 1994). Este termo tem sido empregado para o complexo mosaico de tipos de vegetação, típico de um grande número de cadeias montanhosas no Escudo Brasileiro. Fisionômica e florísticamente, a flora saxícola do campo rupestre e a dos inselbergs estudados compartilham muitos elementos comuns. Além disso, certos elementos ligam inselbergs a formações costeiras de "restinga" (tipos de vegetação que ocupam planícies costeiras arenosas). Pelo fato destas formações rochosas não atraírem interesse para a agricultura, elas foram preservadas dos impactos humanos e mantiveram suas características de refúgio. Entretanto, devido ao alto grau de desmatamento da Floresta Atlântica, estas formações rochosas estão perdendo seus atributos de “ilhas”. É possível perceber a presença de espécies invasoras que se estabelecem por diversos mecanismos como a abertura de estradas e de clareiras como vias de acesso. Espécies exóticas como Melinis repens (Willd.) Zizka e M. multiflora P.Beauv. já se estabeleceram em diversos inselbergs do Leste Brasileiro. Para proteger esta flora diversa e singular é preciso integrar este ecossistema em todos os planos de ação para a conservação (Porembsky et al., 1998). A perda e fragmentação de habitat no domínio da Mata Atlântica está aumentando rapidamente (Galindo-Leal et al., 2003; Tabarelli, Silva e Gascon, 2004). Afloramentos graníticos também estão sofrendo um conjunto particular de ameaças, incluindo exploração de pedreiras, mineração e invasões biológicas (Porembski, 2000; Forzza et al., 2003; Martinelli, 2007), que reforçam a necessidade de proteção dos inselbergs e de sua extraordinária biodiversidade, especialmente como resultado dos altos níveis de endemismo. Martinelli (2007) alertou para a necessidade de ações urgentes de conservação e propôs a inclusão dos afloramentos rochosos na agenda brasileira de conservação da diversidade biológica (L.F.A. de Paula et al., 2016). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação. | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |